15 de junho de 2022Categoria: Memórias

Um cap(i-e)tão quis ter um caso comigo.

Eu me chamo Vida. E tenho duas irmãs. Sou a do meio. A mais velha é a Verdade. E a caçula, a Ciência. Ciência sempre gosta de ficar procurando a Verdade. E eu só me sinto plenamente realizada no meio delas. Somos felizes e inseparáveis.

Cheguei a achar que ele estivesse até bem intencionado. Por isso muitas de minhas células chegaram a flertar com ele, ante a promessa de nos dar uma experiência melhor. E quase me convenceu de que a convivência com as minhas irmãs era uma tristeza só, cheia de coisas ruins, chatas e velhas.

Fui me aconselhar com a Tia Consciência. Graças a Deus ela me abriu os olhos. Sugeriu que eu colocasse uma única condição para aceitar sua proposta de namoro. Bastou. E não tive mais dúvidas.

Condicionei que ele fosse amigo inseparável das minhas irmãs. Ele disse que jamais seria amigo da Verdade e da Ciência. Afinal, sempre se deu melhor com a Mentira, a Maldade, a Ignorância. Todas irmãs da Morte, sua amante.

Graças a Deus, eu e minhas irmãs ficamos livres… Assim podemos seguir com a luta de conscientizar as pessoas, sob as bençãos da Vovó Esperança.

João Gimenez
12/06/2021

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Sobre o autor

João Gimenez é escritor e poeta. Garimpeiro de palavras.

Tem três livros publicados. A completude do verso (2013 – Editora 3i), Versos Velados (2015 – Editora 3i) e O céu, a lua e as estrelas (2019 – Editora Aldrava, Letras e Artes).

Com O céu, a lua e as estrelas, João Gimenez foi premiado em 3o. lugar no Concurso Internacional de Literatura da UBE/RJ – União Brasileira de Escritores – Rio de Janeiro, na modalidade Aldravia, Prêmio Gabriel Bicalho.

É membro efetivo da ALACIB – Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil – Mariana – MG e da SBPA – Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas.

Contatos com o autor: